Intelecto, títulos e os empregos.
Ter ou não muito dinheiro não define seu intelecto, mas também não exclui que o capital possa advir da sua capacidade de inteligência.
O problema brasileiro é que muitas empresas não sabem interpretar quem, de fato, pode otimizar sua forma de trabalho. Se limitam apenas a julgar títulos, ao contrário de verificar o potencial empreendedor e de inovação do candidato. Daí a prova de que o dinheiro não define seu intelecto, pois, por mais competente que você possa ser, se não tiver o título certo para o caso, provavelmente a vaga não será sua. Isso não significa dizer que os títulos não sejam necessários, mas devem refletir se, de fato, a competência do sujeito é verdadeira, é apenas prova de uma condição, e não o requisito em si. (Sobretudo na sociedade que vivemos de disseminação do conhecimento de forma gratuita).
Outro problema muito comum é quando se atinge o título requisitado e este não é exatamente o requerido, como por exemplo, o título expedido só por determinada faculdade, o que expõe ainda mais o caráter inocente ou ignorante de certas empresas. Talvez isso se deriva de um pensamento de que a inteligência na verdade se baseia justamente na seleção de determinados títulos, mas esse é um erro inescusável, nenhuma instituição é detentora da genialidade. É nesse momento que as empresas evidenciam que na verdade não são inteligentes porque selecionaram determinados perfis, são apenas interessadas num microssistema econômico que, em tese, lhe beneficiam numa narrativa de que ali estão os melhores.
Não é por outra razão, que tais empresas necessitam, com demasiada frequência, de palestras motivacionais e inovação, quando na verdade poderiam resolver esse problema contratando pessoas certas. Não estou aqui a dizer que as profissões devem ser exercidas por quem não tem habilitação legal, quando exigida, mas sim digo que não pode haver recrutamentos apenas com títulos, posto que não será determinada faculdade ou instituição que mudará a capacidade de inteligência de alguém.
Uma junção de fatores leva a genialidade: educação, cultura, personalidade, leitura de livros, curiosidade, ambiente, estudo, oportunidades, etc. Se as empresas soubessem cada vez mais serem precisas ao diagnosticar tal perfil teriam profissionais mais bem qualificados em seus quadros, de molde a economizarem recursos em instrumentos de motivação, bem como seriam mais verdadeiras e competentes.
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