A dor
Há um espinho na carne de todo mundo que é inerente a nossa condição humana de não sabermos o motivo da existência. Não bastasse a dor de incertezas, da realidade das injustiças, da dificuldade de vivência consigo mesmo, ainda somos postos ao relacionamento interpessoal. Sem relacionamento com os outros, a dor seria insuportável ao ponto de finalizarmos a existência. Viver deve estar ligado ao relacionamento. Mas, a necessidade e a dor parecem coexistirem. Explico, os relacionamentos são baseados no interesse. Não falo de questões financeiras, falo de interesse em sentido amplo. Desde o mais altruísta (se é que existe) quando visamos fazer o outro feliz, até o mais abjeto de interesse que visa só seu bem estar. Tentando-me livrar de uma lógica puramente capitalista e econômica, de fato os contratos existem cotidianamente, nos relacionamentos. Saber compor esses interesses é o maior desafio. Daí concluir-se que a dor é inerente, porque quando não há acordo ou composição de interesse